sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Diário de Kate

                                  Um pouco do Diário de Kate =D

16 de Janeiro de 2010­­­­­­­­­­­­­­­­­­­(Sexta-feira)
_Alô, Kate? –perguntou Andressa com a voz de choro.
_Fala Andressa, eu já estava saindo daqui de casa para ir aí. O que houve heim? – Tinha algo de diferente com a Dessah, ela não era de chorar. Alguma coisa estava errada.
_Têm como você vir aqui agora? É urgente! Eu preciso de você! – ela me disse aos prantos, me assustei ao vê-la chorar tão compulsivamente, ela estava aos soluços.
E do mesmo jeito que ela começou a me falar, ela simplesmente parou.
Eu corri para sua casa, ela falava sério quando me disse que precisava de mim, ela nunca foi de chorar, eu não sei o que poderia ter acontecido de tão ruim com aquela menina para ela estar daquele jeito, ela sempre foi forte, nós nunca fomos de conversar muito, mas ela era uma pessoa que eu ‘’mais’’ conversava, era pouco, porém eu sei que ela me considerava alguém especial, mesmo eu não vendo ela da mesma forma. Se até o meu pai que era tão meu companheiro me abandonou, imagino uma simples menina que eu conheci no colégio?  Não, eu nunca confiaria em mais ninguém, todos são maus. Todos.
Mesmo não conversando muito com Dessah eu me senti na obrigação de ir até lá, e ver o que tinha acontecido, eu peguei o primeiro ônibus que tinha para perto da casa dela e depois andei a pé. Quando entrei em seu apartamento, estava ela no chão, ao lado de parentes chorando, desesperada, e gritava: (Meu pai, meu pai)... Aquela cena me assustou, fiquei em estado de choque, o que será que tinha acontecido com o pai daquela menina? Porque ela não se levantava e se mostrava forte? Porque ela tinha que estar naquele estado? E pior... Na minha frente. Eu não pedi para ver aquilo, eu nem queria ter visto.
Tentei me levantar e ir embora. Minhas pernas não me obedeciam, eu tremia, queria gritar, ir embora. Tava tudo ficando embaçado. Meu pai, Meu pai. Pai, Pai, Pai, tentei chegar perto dela e tentar ajudar de alguma forma, mais eu não conseguia pensar, eu queria sair dali o mais rápido possível. Eu não estava bem. Estava passando mal. Mais que droga. O pai era dela e não meu. Foi aí que eu percebi que tinha um barulho estranho, mãos me tocando, que merda era essa? O barulho era meu. Eu estava gritando...
_Kate? Kate? Acorde querida foi só um pesadelo. –falava minha tia.

                                                By: Camila Reis Braga

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